Viola
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"Derivada das violas de arco medievais, a viola moderna nasceu em Itália no início do século XVI, embora depois passasse para segundo plano, cedendo o protagonismo ao violino, que ganhou o apreço dos músicos e dos compositores da época. Apesar disso, a viola conseguiu sobreviver; embora ao longo dos séculos XVII e XVIII a sua função se limitasse a dobrar o baixo no desenvolvimento de harmonias: o seu som era considerado menos brilhante do que o do violino.
Devido a esta situação, a viola não contou com um repertório específico e, por conseguinte, não existiam músicos profissionais que dominassem a técnica interpretativa. Apesar de o panorama não ser muito auspicioso, nos finais do período barroco começou a haver um interesse por parte dos compositores que levou ao êxito da viola durante o século XIX.
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O Romantismo valorizou as qualidades sonoras da viola que nos séculos anteriores se tinham menosprezado: o seu som soturno, quente e aveludado constituía agora a própria expressão do gosto musical. Os compositores musicais começaram a dedicar-lhe passagens mais importantes nas suas obras e a viola foi-se afirmando como um instrumento independente.
Este processo culminou no século XX, graças a autores da envergadura de Paul Hindemith, William Walton ou Béla Bartok, que puseram à disposição dos intérpretes um reportório que nada ficou a dever aos outros membros da orquestra." (Salvat Editores, 2002: 121)
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