Não é por acaso: a sua enorme capacidade expressiva, o contraste dinâmico que se obtém variando a pulsação e o colorido da sua sonoridade, provocaram a afirmação generalizada de que o piano é uma orquestra em si mesmo.
Durante a segunda metade do século XVIII, o piano converteu-se num símbolo para as classes abastadas da sociedade europeia, que o adoptaram quase imediatamente. Pouco depois, Domenico del Mela patenteava o modelo vertical, muito mais versátil. Tudo estava preparado para que durante o século XIX se estabelecessem os princípios construtivos que se mantiveram até aos nossos dias.
Neste sentido, devemos destacar as contribuições realizadas pelo francês Sébastien Érard, o norte-americano Alpheus Babcock e o célebre construtor Heinrich Steinway, responsável pelo fabrico dos primeiros pianos de cauda com encordoamento cruzado.
Capaz dos matizes mais subtis, o piano tem presença assegurada como solista nas salas de concerto do mundo inteiro, nos grupos de câmara, em muitos lares e nos grupos de jazz, dos quais constitui um pilar fundamental." (Salvat Editores, 2002: 37)